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O que as empresas não podem mais ignorar do Social do ESG

O que as empresas não podem mais ignorar do Social do ESG.

A discussão da pauta ESG vem tomando proporções mais fortes todos os dias, a CIO Research junto com a Seekment elaboraram um pesquisa com cerca de 450 executivos no Brasil, Colômbia, México e Argentina para saber a importância estratégica que o assunto vem tomando nas essas empresas Latam.

Segundo essa pesquisa, a agenda ESG já faz parte de 69% das empresas nesta região já estão atuando nesta pauta. No topo dessa agenda, 68% entendem que está “Igualdade de Gênero”, seguindo “Mudança Climática” e “Economia Circular” (59%).

Esses dados só reforçam que, ter maior representatividade de mulheres na liderança hoje não é apenas uma questão social, mas uma questão de estratégia e de negócios, em que toda a cadeia de uma empresa é envolvida nesse processo de transformação.

Mulheres no Comando vem ajudando muitas empresas olharem para esse assunto de uma maneira mais estratégica e queria compartilhar aqui 3 pontos essenciais para serem discutidos sobre o assunto:

1-  É necessário ter um objetivo claro

A primeira pergunta que faço todas as vezes que converso com uma empresa é sempre o quanto o tema é compreendido como estratégico e faz parte de metas e indicadores. Nesse sentido,  apenas 37% dos executivos brasileiros dizem que suas organizações já possuem esses KPIs para medir a evolução.

Empresas como NaturaMondelez e Pepsico se comprometeram com metas de atingir 50% de mulheres na liderança e em seus relatórios anuais destacam a evolução da pauta para o mercado. Desta forma, para seus clientes e colaboradores essas empresas reforçam não só o alinhamento com a agenda, mas também demonstram que estão comprometidas com um avanço real da equidade de gênero e acabam se tornando uma referência.

É importante ressaltar também que o impacto social é seguido de maior retorno, segundo a pesquisa “Women in the Workplace” da McKinsey, ter maior representatividade de mulheres em cargos executivos pode aumentar a rentabilidade de uma empresa em até 50% e sua lucratividade em 22%.

2- A liderança precisa estar engajada

Com uma estratégia bem definida o maior desafio de qualquer organização é fazer com que ela se transforme em parte da cultura da empresa. Por isso, não é possível fazer uma mudança estrutural sem que a liderança esteja realmente engajada com o assunto.

Segundo a HBR, os líderes precisam criar um ambiente seguro, onde todos os funcionários possam falar, ser ouvidos e se sentirem bem-vindos, e também devem aceitar a contribuição de funcionários que tenham experiências ou conhecimentos diferentes dos seus.

E além disso promover:

  • A colaboração entre funcionários diversos
  • Fazer perguntas a todos os membros da equipe
  • Facilitar argumentos construtivos
  • Fornecer feedback acionável
  • Agir de acordo com os conselhos de diversos funcionários.

 

Os líderes podem fazer com que as mulheres se sintam valorizadas e incluídas, valorizando a autenticidade em vez da conformidade e operando a partir do entendimento de que uma variedade de estilos de apresentação e comunicação pode ter sucesso no local de trabalho.

3- Interseccionalidade no ESG importa

Quando falamos da busca pelo reconhecimento e oportunidades para mulheres devemos sempre lembrar que não somos um grupo homogêneo. Em uma pesquisa da HBr, 72% das mulheres negras, 53% das latinas e 52% das mulheres asiáticas dizem que a “presença executiva” em sua empresa é definida como conformidade com os padrões masculinos tradicionalmente brancos. Em contraste, apenas 44% das mulheres brancas se sentiam assim.

Esse dado indica que a experiência de ser mulher no ambiente de trabalho é diferente, hoje as mulheres negras representam menos de 5% em cargos executivos. Isso é um retrato preocupante já que segundo o IPEA representam hoje 24,3% da população.

Em minha experiência conduzindo esse processo de transformação nas empresas, há indícios que ainda temos um longo caminho pela frente, especialmente considerando que estamos falando de uma mudança de cultura da sociedade em que fomos criados com muitos preconceitos e vieses.

Porém, acredito que hoje não seja mais um fator “SE” essa mudança vai acontecer, mas QUANDO? E COMO?

Quem se posiciona sobre esse assunto hoje certamente terá uma vantagem competitiva e convido vocês a fazerem parte dela.

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