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Fazer propaganda com diversidade e representatividade é uma obrigação!

Founder da 65/10, consultoria criativa especializada na comunicação com mulheres, Maria Guimarães foi convidada a falar sobre empreendedorismo com propósito, diversidade e representatividade, em uma live da Mulheres do Comando. 

Em uma semana de debates reaquecidos sobre o tema pelo recente lançamento da campanha de Dia dos Pais da Natura protagonizada por Thammy Miranda, Maria Guimarães reforçou a essencialidade do assunto frente ao momento do mercado e da sociedade em live sobre o tema “Fundando um negócio de impacto para a vida das mulheres”. Ela defendeu:

“Isso não significa necessariamente que você vai falar sobre diversidade e representatividade. Abordar ou não esses temas vai de acordo como universo e o propósito de cada marca. Mas todos precisam, sim, fazer uma comunicação respeitosa e diversa, porque isso é o melhor para as pessoas e, também, para os negócios em termos de rentabilidade”.

 Maria é uma das fundadoras da 65/10, e trabalha há quase seis anos com a missão de compreender o papel da mulher na sociedade e traduzir isso para que marcas possam criar propagandas sem um viés ofensivo ou estereotipado.

“Na publicidade, nós temos a falsa sensação de um ambiente muito livre e moderno, mas isso dá abertura para, muitas vezes, convivermos em ambientes em que homens têm falas pejorativas abertas e constantes sobre outras mulheres, por exemplo, o que também é muito ofensivo”, relatou sobre os anos de experiência atuando em diferentes agências.

“Aos poucos, conseguimos ir apontando o problema dessas questões e fazendo com que parte das pessoas entendam o que é errado de ser dito, mas nem sempre as mulheres encontram ambientes seguros para isso”. Maria contou que, apesar de ir contornando situações do tipo ao longo da carreira, a percepção sobre problemas do tipo esteve entre os estalos que culminaram na criação de seu próprio negócio direcionado ao tema. “O ápice da percepção sobre o quão necessário era o debate constante sobre isso foi quando me deparei com um comercial de carnaval em 2015, que relacionava a época ao ‘deixar o não em casa’”.

Além da representatividade e da diversidade voltada para a comunidade LGBT+, as questões de gênero, étnico-racial e de pessoas com deficiência entraram definitivamente para agenda prioritária das empresas ligadas no movimento do mercado, que exige, cada vez mais, a atenção, o respeito e o acolhimento às causas sociais e aos grupos minorizados.

Os reflexos para os resultados são claros, como afirmou Maria: de acordo com a consultoria McKinsey, empresas com mais mulheres no quadro de gestores apresentam lucratividade 21% superior à média das demais, número que chega até 33% quando olhamos para a diversidade étnico-racial. O case de Thammy Miranda também entrapara as estatísticas nesse sentido: depois do lançamento da campanha, as ações da Natura dispararam em 6,7%, maior alta do Ibovespa na sessão do dia 29 de julho.

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