A diversidade tem se tornado um assunto cada vez mais comentado dentro das empresas, só que nem sempre da melhor forma, o que gera uma certa “rejeição” do tema porque não são devidamente contextualizados. Coisas que quase ninguém fala é o impacto tanto social quanto econômico disso, e hoje traremos aqui um pouco dos dois.
Uma pesquisa da McKinsey feita com 15 países, mais de 1.000 marcas mostrou que dessas empresas, as mais diversas e inclusivas são 25% mais propensas de terem uma lucratividade acima da média, e a Accenture mostrou que esse lucro pode ser 20% maior.
E o que isso quer dizer?
Que os dados nos provam que isso é bom no quesito econômico, onde envolve lucratividade e expansão, mas devemos nos ater que isso não deve ser o fator principal das empresas começarem a levar a sério um tema que é tão importante. O lucro cresce uma empresa, mas propósito e cultura, geram o real valor da corporação!
Mas por quê as empresas têm dificuldade em criar um ambiente diverso e inclusivo?
É importante salientar que cada ação feita dentro de uma empresa que traga essa pauta deve ser encarada como uma jornada, onde a pressa é inimiga da perfeição, pois a conscientização, aplicação e resultado vem com o tempo, e principalmente com a constância.
Normalmente, a percepção de necessidade de criar um ambiente mais diverso e inclusivo surge depois que se nota uma crescente taxa de turnover, onde as empresas perdem seus talentos, há baixo engajamento do time, as pessoas se sentem sem propósito para executar seu trabalho naquele local. E tudo isso mostra que você enxergou a necessidade tarde demais!
Como descobrir se minha empresa realmente tem Diversidade e Inclusão?
Aqui vamos colocar alguns pontos onde você pode se atentar e com eles, já conseguir traçar uma estratégia para melhorar isso:
- Diversidade de gênero: homem, mulher, neutro, transgênero, não-binário, agênero, pangênero, genderqueer, two-spirit, terceiro gênero e todos, nenhum ou uma combinação destes.
Se sua empresa é majoritariamente construída por 1 ou 2 desses, talvez seja a hora de pensar o porquê e como melhorar isso.
- Diversidade Racial: negros, brancos, indígenas, pardos, amarelos e etc.
É importante incluir grupos menos favorecidos historicamente, e principalmente ajudá-los a conquistar cargos de alta importância, levando em consideração que quanto mais seccionalizado a pessoa é, mais difícil é que ela alcance grandes oportunidades.
- Inclusão de pessoas com deficiência física ou mental: autistas, síndrome de down, deficientes visuais, deficientes motores, deficientes auditivos e assim por diante.
Em uma empresa que preza pela inclusão é necessário não só olhar para gênero ou raça, mas também entender que muitas dessas pessoas também têm algum tipo de deficiência e que podem contribuir tanto quanto pessoas não deficientes.
- Diversidade em opção sexual: gays, lésbicas, bissexuais, assexuais, pansexuais e demais.
Sabemos que não é obrigação de ninguém falar sobre sua sexualidade, seu gênero e qualquer destes assuntos, mas é importante criar uma relação segura e um ambiente acolhedor para que elas ao se sentirem confortáveis, possam falar abertamente sobre suas escolhas e junto a isso, a empresa ao saber, tem como objetivo impactar positivamente toda a corporação trazendo pessoas diversas!
De oportunidades:
É fundamental que cada uma das pessoas de grupos minorizados tenham voz dentro de suas carreiras e consigam mostrar todo seu potencial para o mundo! Porque normalmente, elas carregam um peso maior do que os outros dentro dos ambientes onde moram, trabalham, estudam e são elas que precisam de um movimento que realmente os deixe em visibilidade.
E é nesse ponto onde aparece a primeira falha mais comum das empresas: Reconhecer a importância de ter essas pessoas ali, às vezes até colocá-las em evidência, mas não envolver genuinamente a liderança nas propostas de diversidade e inclusão estabelecidas para a empresa em seu desenvolvimento.
Como começar a incluir D & I na minha empresa?
O primeiro passa é dando acesso a livros, palestras, cursos e qualquer tipo de meio de aprendizado para que os colaboradores, e principalmente os líderes, e RH dentro da sua corporação reconheçam e descontruam costumes estruturais enraizados na sociedade como:
- Machismo
- Sexismo
- Racismo
- Homofobia
- E qualquer outro tipo de preconceito
Como diversidade e inclusão não é um assunto tão simples que se põe em prática apenas lendo um artigo, é importante entender que existe um déficit muito grande de investimento nesse tipo de conteúdo.
Uma pesquisa realizada pela Korn Ferry, empresa global de consultoria organizacional, com 250 empresas de diversos setores, mostra que apenas 37% delas têm orçamento para a diversidade e inclusão. Como incluir uma cultura diversa e inclusiva, sem formar lideranças capazes de entender temas como respeito, empatia, acolhimento, micro agressões, microgerenciamento, comunicação não-violenta, homofobia, transfobia, racismo e tantos outros.
É até irônico exigir que seus colaboradores e líderes sejam inclusivos se eles nunca precisaram aprender e pôr em prática esse conceito no dia a dia, pois a grande suma das empresas são predominantemente formada por pessoas brancas, héteros, e suas lideranças são majoritariamente masculinas.
Com um treinamento bem estruturado, é natural que a importância desses temas sejam mais compreendidos e tomem a proporção que merece junto a ações no dia a dia para que tudo surja de forma espontânea.
Devemos lembrar que somos seres plurais, e nosso ambiente corporativo também deve ser assim, porque isso é a realidade do que vivemos, as diferenças! E nós da Mulheres no Comando estamos aqui para te ajudar com isso!
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