3 lições que aprendi sobre ser a protagonista da minha história.

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3 lições que aprendi sobre ser a protagonista da minha história.

Começo trazendo o significado de protagonismo para mim. Mas deixo com vocês a frase de Angela Davis, filósofa, ativista e professora, que descreve muito bem:

“Não aceito mais as coisas que não posso mudar, estou mudando as coisas que não posso aceitar.”

Em um trecho do poema “Invictus” de William E. Henley, ele finaliza dizendo:

Eu sou mestre do meu destino;

Eu sou o comandante da minha alma.

Esses trechos me convidaram a refletir sobre meu papel e em como eu poderia traduzir minhas crenças e valores em ações práticas para transformar as coisas que não posso mais aceitar. Para mim, isso é ser a protagonista.

Numa era onde ouvimos falar todos os dias sobre Propósito e Protagonismo, trago uma verdade: construir o nosso protagonismo e encontrar o nosso propósito não acontece do dia para a noite, é uma jornada interna.

Nesse caminho, aprendi 3 lições:

  • É preciso descobrir o que te move: antes de mais nada, quero deixar bem claro que sempre que falamos sobre propósito e missão, as pessoas normalmente se sentem frustradas por não terem de pronto uma resposta. Como se fosse uma configuração inicial de qualquer ser humano entender sua missão de vida, quando na verdade, é um processo de descoberta e nem sempre é fixo e para vida toda.

Ao invés disso, simplifique, hoje, seja qual for sua ocupação, o que te dá prazer? te faz sentir feliz e vivo? seja o momento de bater papo com os colegas de trabalho, seja a satisfação de atender um cliente, normalmente as coisas que te movem, vem muito naturalmente e das formas mais simples e quando você olha para trás, vai começa a notar padrões e entender o que são essas pequenas coisas, que se amplificadas, podem te ajudar a compreender  o seu porque de fato.

No meu caso, eu sempre estive construindo coisas para conectar pessoas e potencializar, de alguma forma, a voz das mulheres ao meu redor e foi numa sessão de terapia, que ao olhar para trás, pude compreender, que ajudar as mulheres a reconhecerem seu poder era a grande coisa que me movia.

  • Tenha coragem de ser você mesma – Pode parecer um pouco óbvio falar isso, muitas vezes coisas ditas repetidamente perdem o sentido e o peso que deveriam ter, mas eu explico:

Eu acredito que coragem e autoconfiança são duas coisas profundamente ligadas, já que coragem não é apenas superar o medo e o friozinho na barriga, é conseguir acreditar que você é capaz de lidar com as consequências dos riscos envolvidos em suas iniciativas.

E ser autêntica é algo que muitas vezes nos coloca em uma posição de vulnerabilidade, já que vivemos em um mundo repleto de padrões e fórmulas a serem seguidas, ser autêntica é ter coragem, não só no sentido de acreditar em você, mas estar disposto a se mostrar ao mundo de maneira verdadeira, com todas luzes e sombras que todos nós temos.

E sendo muito sincera, ainda tenho dificuldade de me mostrar ao mundo e lidar com as críticas consequentes dessa exposição, mas se tem uma coisa que eu aprendi, é que esse julgamento, normalmente vem de pessoas que ainda tem muito medo de se expor, então se colocam nesse papel de críticos, esses são os comentários que normalmente você deve filtrar

  • Compreenda que você vai cair e errar muito mais vezes que gostaria

Segundo Simon Sinek em seu livro “jogo infinito” ele pontua que ainda existe muito uma mentalidade das pessoas de ganhadores ou perdedores e ele chama isso de uma mentalidade finita e prejudicial para nosso desenvolvimento pessoal.

Se a gente acredita que cometer erros e falhas nos faz perdedores, vamos construir uma resistência de nos expor novamente e nos recolher a uma posição de acomodação. Porém, se passamos a acreditar que erros fazem parte do crescimento e que devemos estar dispostos a aprender e tentar novamente, nos colocamos com o que o Simon chama de “mindset infinito”.

Mas não vou mentir, dói, lidar de frente com todas suas limitações, dificuldades e falhas, mas é uma fonte muito boa de autoconhecimento e essencial para o protagonismo, pois uma vez que você tem consciência das suas limitações, dificilmente vai se abalar com julgamentos e críticas vazias.

Brene Brown em seu livro “ A Coragem de ser imperfeito” traduz bem isso:

“ Ser perfeito” e “à prova de bala” são conceitos bastante sedutores, mas que não existem na realidade humana. Devemos respirar fundo e entrar na arena, qualquer que seja ela(…) Em vez de nos sentarmos à beira do caminho e vivermos de julgamentos e críticas, nós devemos ousar aparecer e deixar que nos vejam. Isso é vulnerabilidade, é coragem de ser imperfeito, é viver com ousadia.”

Na minha visão, é assim que nos tornamos protagonistas na nossa história.

E você, o que acha?

 

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